O Pai


O meu marido não tem muito jeito para bebés.

Quando as minhas recém-nascidas mamavam de 3 em 3 horas (a mais velha de 2 em 2) durante a noite, ele raramente acordava e quando acordava era para eu lhe dizer para se virar para o outro lado e dormir que eu já tinha dado de mamar, trocado a fralda e posto a bebé a dormir de novo.
Mas era incansável quando elas estavam doentes. Desdobrava-se em cuidados. Ajudava a mudar as camas se fosse preciso. Um vez que a Rebeca tossia muito ele foi dormir para o chão do quarto dela para ela poder dormir comigo, uma vez que a nossa cama dá para reclinar a cabeceira.
Ele tem um limiar de paciência baixinho. No entanto foi fundamental quando pegava nelas assim que eu já tinha chegado ao meu limiar da paciência.
Não brincava muito com elas mas fazia uma festa quando chegava a casa e tinha com elas aquele tipo de brincadeiras para as quais eu nunca tive jeito e nunca me lembraria de ter com um bebé. Lembro-me uma vez quando a Rebeca tinha poucos dias de vida e chorava incessantemente. Ele pôs uma música e começou a dançar com ela. Ela delirou.
Nunca teve jeito para as ajudar a fazer prendinhas para elas oferecerem à mãe mas fazia questão de me fazer saber o quão importante sou para elas.
Detestava mudar fraldas, dizia que os cocós ficavam para mim. Mas quando era preciso fazia tudo com muito jeitinho.

Tudo isto para dizer... todos nós temos defeitos. Coisas que gostamos mais e coisas que gostamos menos. Deus deu às mulheres a responsabilidade da maternidade e aos pais a da paternidade. São diferentes, como era suposto que fossem. Por isso devemos valorizar as coisas positivas do pais dos nossos filhos. Dar-lhes responsabilidades e respeitá-los também. E sobretudo apreciar os momentos preciosos que eles têm pai-filhos e guarda-los na memória.

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