Sempre a tempo de aprender

A minha mãe costurava, cosia, bordava, fazia crochet e tricô. Infelizmente a minha infância e adolescência, influenciada pela Tv, pelo mundo etc. passaram sem que nunca me interessasse por aprender nada disso com ela. Nem com várias primas e tias mais velhas que insistiam em querer ensinar-me.
Conclusão, quando me começou a fazer jeito saber todas essas coisas, eu não sabia fazer nenhuma delas. Aconteceu-me isto com o cuidado da casa, com a cozinha, enfim, com aquela infinidade de coisas úteis e práticas que a escola não ensina e a televisão também não.
São aprendizagens que o mundo nos ensina a considerar até antiquadas.
Um dia, num acampamento de tições em que fazia parte da equipa da direção encontrei uma rapariga mais nova que eu a costurar alguns fatos para um episódio bíblico que íamos pôr as crianças a representar. Perguntei-lhe como tinha aprendido e ela disse-me que tinha comprado a máquina, lido o livro de instruções e começado a costurar.
Resolvi aventurar-me.
Agora consigo reparar as peças de roupa estragadas cá de casa. Fazer baínhas de cortinados. E um monte de outras coisas... Ainda tenho imenso para aprender mas confesso que o youtube e todas as simpáticas senhoras que publicam dicas de costura têm sido um franca ajuda.
Nada sai bem à primeira, e hoje lamento sinceramente não ter começado mais cedo a aprender todas estas coisas. Hoje podia estar muito mais à frente, saber muito mais, fazer muito melhor.
Por isso tenho tentado desde já colocar nas minhas filhas o gosto e o prazer de aprender e fazer todas estas coisas.