Sim! Daquele em papel! Uma carta!
Foi tão bom vermos o nosso nome escrito no lugar do destinatário! É para nós mamã? É sim! Diz aqui "Rebeca e Abigail Carvalho". Seguiram-se momentos de puro êxtase! Difícil foi decidir quem é que abriria a carta!Já tínhamos tentado escrever para alguns amiguinhos. Mas infelizmente os respectivos papás não têm muito tempo livre para escrever uma carta e levá-la ao correio.
Mas agora vamos ter a opotunidade de nos correspondermos com uma amiguinha que também tem a mamã a tempo inteiro disponível para colaborar na sua formação.
É que vocês não fazem ideia do que se aprende a escrever cartas à moda antiga.
- Primeiro é preciso ir à caixa de correio, coisa que os pais não costumam pôr os filhos a fazer.
- Depois é preciso saber quem são os destinatários e se há correio para nós.
- Depois é preciso abrir o envelope e ler a carta.
- Depois é preciso pensar o que queremos responder, e convém não esquecer de responder a nada. Há que reler a carta.
- Depois é preciso escrever... e que aventura que isso representa!
Uns podem traçar por cima, outros copiar em baixo, outros assinar mas todos colaboram.
- Depois é preciso dobrar tudo direitinho e escolher um envelope proporcional ao que precisamos de colocar lá dentro.
- Depois é preciso escrever o remetente (somos nós que estamos a mandar a carta) e o destinatário (para quem queremos enviar a carta).
- Depois é preciso levar a carta aos correios. É sempre tão giro ir ao posto dos correios.
- Depois é preciso colar o selo que já não se lambe como se fazia antigamente.
- Por fim é preciso pagar o selo e saber receber o troco direitinho.
P.S. Acreditam que o senhor do posto dos correios se virou para a Rebeca a dizer que eu era muito "chata" por a pôr a fazer contas tão pequenina e de férias? Valeu que ela se virou calmamente com um sorriso nos lábios e disse: "Não é nada!" É que para a Rebeca aprender é muito divertido, porque fazer contas assim é muito mais giro e útil que num caderno.
